Junto com Toquinhho criou em 1987 a versão musical da carta dos Direitos da Criança pela qual receberam da ONU a carta de reconhecimento de contribuição a humanidade e a adoção da história e canções para todos os idiomas.

Nos anos 90 criou para a editora Globo a História do Samba e fundou o Almanaque Brasil, de Cultura, que circula mensalmente com 120 mil exemplares nos vôos nacionais e internacionais da TAM.

Em 2011 homenageou o poeta Vinícius de Moraes ilustrando 14 estrofes do poema  "O  Haver"e reuniu grandes nomes da música para pintarem com ele um retrato do poeta reunidos em um DVD e livro com as oficinas e canções especialmente feitas para o projeto.

A decisão de fazer algo novo foi tomada no início deste anon quando presenteou o Congresso Nacional com um grande mural sobre a tortura no Brasil nos anos de 64 a 85 e a doação para a Câmara Municipal de São Paulo de suas obras dedicadas ao amigo e jornalista Vladimir Herzog, assassinado pelos militares em 1975.

O artista agora dedica-se a projetos infantis adiados por mais de 30 anos e a nova fase de pinturas de inicialmente tem como tema a música brasileira.

Sobre a técnica prefere guardar segredo e indagado por amigos, visitando seu ateliê, por que novamente a música ?, respondeu com o bom humor de sempre:
"foi a música brasileira a minha vitrine  das obras passadas, é natural, portanto, que seja ela a musa desta nova fase, mas isso não significa abandonar os temas sociais das obras passadas e a diferença é que agora serão tratadas de um outro jeito: Um homem na minha idade não muda suas opiniões e nem deixa de combater com as armas que tem as injustiças e a covardia, assim como a corrupção.

A. nova fase do artista ja conta com mais de 30 obras. Veja algumas delas no sítio http://emporioelifasandreato.com.br, criado pelo pro-autor divulgação cultural.

Tudo começou com uma encomenda feita pela Comissão da Verdade, instalada em Brasília para a revisão da lei de anistia no Brasil. Elifas, que passou por situações complicadas durante a ditadura, foi convidado a registrar em um enorme painel cenas dos mais diversos tipos de torturas executadas pela polícia política no período compreendido entre 1964 e 1985.

Decidiu, então, gravar em vídeo todas as etapas da pintura deste incrível painel, que ficará exposto no Congresso Nacional.

Passo a passo, a cada pincelada, Elifas explica seus pormenores e faz graves denúncias ao regime, além de homenagear as inúmeras vítimas dos terríveis maus-tratos praticados na época, algumas inclusive mortas, como é o caso de seu amigo Vladimir Herzog.

"Quando se vê as imagens do holocausto, você acredita que 6 milhões de judeus foram mortos na segunda guerra".

Com estas palavras e mentalidade, Elifas se propõe a representar com a maior fidelidade possível imagens nunca antes vistas deste triste período da história brasileira.

Um documento intenso, emocionante, mas que traz tão somente a Verdade, ainda que tardia.